quinta-feira, fevereiro 09, 2006

A verdadeira Guerra...

Apresentam-se as duas partes, os dois inimigos.
Um, só desprezo e ganância, sentia.
Alimentados pelo vício e por ódios antigos.
O outro, existia numa vida doentia.

Agora, os ricos Senhores do Mundo, vou apresentar.
Estes, são seres provenientes de um mundo desconhecido.
Exploram vários povos, dominando-os sem lamentar.
Mas desconhece-se, a origem de um tal poder, tão acrescido.

Apenas se sabe onde, o mundo dos Senhores, se encontra.
Sabe-se que lá, a Felicidade do Povo, vive sem ser sentido.
Na alta montanha, de onde se vê tudo, como numa montra.
Onde, não se olha a meios, para manter o fogo do poder acendido.

Eles querem ter os vários povos, como distantes inimigos.
A razão, vai para além dos primórdios e longínquos tempos.
O Povo vive num pobre conjunto de empilhados jazigos.
Tudo fazendo, para o Povo trabalhar e viver, como jumentos.

Eles mentem, mas continuam a escrever a História.
Eles não sentem, mas fabricam a consciência do Povo.
Falam de heróis, que não merecem qualquer dedicatória.
Não se importam de destruir e construir tudo de novo.

Os Monstros são as máquinas de guerra dos Senhores.
Estes são compostos por elementos do Povo, fugindo do arado.
Bebiam o fogo, pois tinham poderes bem sedutores.
Queriam a todo o custo, passar indecentemente, para o outro lado.

Os Monstros e as suas armas, nas suas aragens.
Provocadoras de um violentado mundo de destruição.
Fortemente munidos de consistentes engrenagens.
Para esmagar a Revolta e iniciar uma dura perseguição.

Monstros comandados por um Senhor demente.
Feitas para triturar todas e quaisquer inocentes almas.
Dotados de um poderoso fogo abrangente.
Eles olham, seguros do seu poder, batendo palmas.

Deslizam sem medo, matando os Povos divididos.
Esmagam toda uma Fé, na chantagem, apostando.
Eles sabem que vencerão todos, dizimando perdidos.
Semeando o ávido horror, sorrindo entretanto.

Os outros, eram um numeroso Povo sem vida.
Cegos, de tanta tortura ver.
Vivendo, numa constante demência suicida.
Lerdos, de tanto vazio viver.

Um Povo sofrido, bombardeado com tanta mentira.
Um Povo confuso, atirado aos monstros por simples tirania.
Um Povo “injustiçado”, quando questionado pela sua ira.
Um longo conjunto de mentes fechadas, numa louca ironia.

Eram um povo que por nada, tudo fazia.
Humedecendo a sua sede, com lágrimas.
Ao terror mascarado de alegria, resistia.
Vivendo numa cidade, cheia de lástimas.

Eram um povo que por nada, tudo fazia.
Alimentado por uma pobre crença.
Por qualquer pequena sorte, se benzia.
Suportando tudo, com indiferença.

Na escura podridão da falsa luz encantada, viviam.
Onde não perdoavam os seus raros deslizes.
Os Senhores, do seu turvo sangue, bebiam.
Viviam num sórdido mundo, falsamente felizes.

Quando os Senhores perguntavam.
Na sua nação apátrida, onde nem amor se sentia.
Se os respeitavam e se os amavam.
O Povo, apático, baixava a cabeça e mentia.

Os Soldados, eram a carne viva do Povo, que ao combate, se destinava.
Apenas pela colectiva Fé, eram movidos.
Combatiam nus, despidos de sentimentos, em que só a Fé, se honrava.
E de qualquer espécie de arma, sempre desprovidos.

Os Soldados nascem sem beber o fogo.
Fogo esse, que arde sem se consumir.
Consumindo a alma, sem entender o jogo.
Jogo esse, que teima em se repetir.

No mundo dos Senhores, o sentimento não existe.
Então, como podiam eles, na Felicidade, viver?
Será que o Poder significa o Bem que não resiste?
Porque queriam tanto, só para eles, tal encanto ter?

O Povo, lutava e conspirava pelo direito ao Sentimento.
Mas no mundo em que viviam, não tinham tal filosofia.
Possuíam Este, mas viviam em permanente tormento.
Não podiam sentir, com o horror, que à sua volta havia.

Então porque é que os Senhores não dividem o Poder?
O Sentimento, o pobre Povo divide gratuitamente.
Assim os Senhores podiam, a Felicidade, viver.
E o Povo, podia assim existir, numa vida decente.

Assim, os Senhores podiam SENTIR a FELICIDADE.
Experimentando novas sensações, um novo alimento.
E o numeroso e pobre Povo, podia VIVER a LIBERDADE.
Sem medo, sem ódio, livre no sentir e no pensamento.

Mas os Senhores não souberam dar...
Estes, não quiseram sentir algo novo.
E pela frente, o ódio, iriam sempre encontrar...
Na alma do resistente pobre Povo.

Até que um dia...
De tanto respirar um ar poluído.
Sem saber se existia...
De tanto servir e de ser possuído.

Até que um dia....
Olharam à sua volta, sentindo algo novo.
Nem o tal medo existia...
Queriam todos, a libertação do seu Povo!

Viraram-se para os gigantes monstros, furiosos.
E disseram-lhes, que não podiam matar a sua esperança.
Protestaram contra os tais Senhores mentirosos.
Pois queriam viver na Ordem, Justiça e na Segurança.

Olharam nos olhos ausentes dos monstros, furiosos.
Exigiram a paz de espírito, o fim da sua longa desgraça.
E os Senhores do Mundo sorriram, curiosos.
Pois nunca viram o Povo defender, os direitos e a sua raça.

Foi nesse momento que vários elementos do Povo.
Se transformaram nos tais tenebrosos Soldados.
Queriam viver a vida ou morrer e nascer de novo.
Não queriam viver mais como dementes escravos.

E assim começou...
A batalha, a verdadeira..
E assim se levantou...
A Guerra e a sua bandeira...

O Povo prepara os seus Soldados para combater.
Nus, sem armas, só com a fé podem contar.
E os Senhores do Mundo, desprezam, sem nada dizer.
E assim, começa a guerra e a morte a rondar.

Os soldados preparam-se para mais uma viril batalha.
Vão combater nus, contra vários monstros cuspindo fogo.
Lutam com uma fé desmedida, contra um destino canalha.
Correm nus, sem armas, mesmo sem entender o tal jogo.

Os monstros, preparam as suas defesas, assustados.
Pois, sentem que eles estão preparados para tudo, até para morrer a sorrir.
Vêem o medo vazio nos olhos dos valentes soldados.
Medo vazio, cheio de nada, julgando que tal acto nunca iriam assistir.

O comandante deu a ordem para a formação.
Os soldados olham, vazios de tudo, cheios de nada.
Ouvindo apenas, uma branda e leve palpitação.
Pois querem a sedenta Liberdade, que lhes foi roubada.

As engrenagens da máquina do mal, bem alto gritam.
Ecoam as vozes das almas escravas, em sofrimento.
Vibram sons estranhos, que incessantemente irritam.
E os monstros assustados, apostam tudo, no seu talento.

A pesada máquina do mal, situa-se nas altas montanhas.
Os soldados, bem sabem, qual é o seu objectivo.
Entrar no fogo e destruir o Monstro nas suas entranhas.
Nem pensam na Besta e no seu Acto punitivo.


É aí, que esperam alcançar a tão cobiçada Liberdade.
Que mora lá bem no alto, numa distante e rica Floresta.
Esperam encontrar a Justiça e a Felicidade.
Mesmo não sabendo o está para lá desta.

Os soldados, à sua marcha, deram início.
Marcham contra o fogo, nus e mal equipados.
Não querem saber da dor, do seu suplício.
Não têm medo de serem brutalmente esmagados.

O ritmo, da ensurdecedora marcha, aumenta.
Em alto e bom som, todos gritam.
“Quem luta pela Felicidade, não lamenta!”
“Com as nossas almas não ficam!”

O passo acelerado, suplanta o som dos tambores.
A ansiedade, corta a respiração a qualquer ser.
Os bravos soldados sabem que lutam contra os horrores.
As defesas dos monstros, têm de obrigatoriamente ceder.

Não desistam!
A esperança tem de vencer!
Nunca desistam!
A esperança, não pode morrer!

Continuem a mortandade!
Não olhem para a carne a apodrecer.
Lutem pela colectividade.
Vamos todos LUTAR, para vencer!

Os corajosos soldados, fechando os punhos, marcham.
Com os seus corpos nus, roubam dos monstros, ardentes espadas.
Os sólidos escudos destes, com os Seus pés, rebaixam.
Só agora vêem, que estão a combater um exército, de almas penadas.

Trespassam as Máquinas, devorando as suas engrenagens.
E Elas magoadas, respondem, queimando tudo à sua volta.
Sentindo o fogo, pintando horrores nas várias miragens.
E os Soldados tudo fazem para continuar com a sua revolta.

Lutem! Lutem! Vamos vencer!
Gritam os moribundos.
Correndo, mesmo mortos, sem saber.
Continuem a lutar, pelos nossos mundos!

Pois nós, tudo suportámos e eles nunca nos ouviram.
Os Senhores começaram, mas agora nós, vamos acabar!
Vamos lutando, sem medo do fogo que nos atiram.
Vamos justificando, para, as muitas mentes, derrubar.

Os monstros, transpiram, horrorizados.
Como é possível os Soldados não terem medo?
Não vêem os seus irmãos, no campo, tombados?
Não obedecem? Porque resistem ao nosso bruxedo?

Intrigados com a desobediência.
Aterrorizados pela tenente fúria.
Desconhecem esta nova ciência.
Não estão habituados a tal injúria.

Não sabem o que é defrontar um verdadeiro soldado.
Pois qualquer soldado sem medo, luta furiosamente.
Luta por um amor, por um povo fortemente amado.
Faz com que o amor ultrapasse o medo, curiosamente.

Mas os monstros, o ardente fogo, continuam a cuspir.
Cobrindo de cinzas incandescentes, por todo um maldito campo.
O sangue derramado sai jorrando, com se fosse a fugir.
Fugindo, como se não houvesse nas suas veias, qualquer tampo.

Mas o impensável aconteceu...
Para surpresa dos Senhores do fogo.
O poder dos monstros desapareceu.
Estes foram derrotados pelo Povo.

Os Senhores assistiam à Batalha, horrorizados.
O fogo era demasiado forte, nada podiam fazer.
Os seus servos monstros, tombavam queimados.
Mas os soldados, mesmo mortos, lutavam sem ceder.

O Senhores fugiam, desesperados, levando a sua riqueza.
E os monstros, alucinados, por eles chamavam, gemiam.
Morriam admirados, afogados numa profunda tristeza.
E as suas almas penadas, toda a sua doença, expeliam.

Os soldados, lutam pela sua pátria amada.
Não sentem, a tal mentalidade podre, o seu cheiro.
Não sentem o odor da sua carne queimada.
Eles querem, é acertar na Besta, com um tiro certeiro.

Eles assistem ao espectáculo, irritados.
Pois esta batalha vai decidir a Guerra.
Pela obra da Besta, esperam sentados.
Convencidos que esta nunca erra.

Mas os bravos soldados, estavam dispostos a tudo.
Um acto não previsto pelos seus Donos e Senhores.
Não esperavam ver a Força num sofrimento agudo.
Pois estes, ensinavam a viver mentiras e horrores.

A Besta de Guerra, com mil engrenagens, funcionava.
A sua atitude era fatal e destrutiva.
Pegava num infeliz e imediatamente o desmembrava.
Trucidando qualquer acção furtiva.

Com mil espadas, era bem dotada.
Com mil escudos, se protegia.
Com mil olhos, nada lhe escapava.
Com mil setas, ela tudo expelia.

Mas num segundo, levantaram-se os soldados feridos.
Mesmo sem a cura devida, ergueram as suas espadas.
Com os pés bem firmes em terrenos, do seu sangue, embebidos.
Pois estes não queriam ver as suas famílias dilapidadas.

Mas a disposição guerreira dos furiosos soldados.
Nada sentindo e tudo perdendo.
Jogando, como se fosse a má sorte, a deitar os dados.
Atirando os seus corpos, gemendo.

As suas mil espadas, batiam em milhares de escudos queimados.
Os seus mil escudos, sofriam milhares de investidas.
Os seus mil olhos cegaram, com a Luz da Fé dos Soldados.
As suas mil setas esgotaram, ceifando mil vidas.

Para vencer a Besta, a figura mal amada.
Muitos soldados, o seu corpo, foram entregar.
Para que um deles, enterrasse a espada.
Para que um deles, a pudesse por fim, matar.

Cega e com tantos corpos nas suas engrenagens encravadas.
Do fogo dos seus monstros já não tinha protecção nem a armação.
Com todas as suas setas e espadas, em corpos cravadas.
Morreu ruidosamente, com uma espada enterrada no seu coração.

Os Senhores gritavam, privados dos seus assombros.
Os Senhores fugiam, com o desespero estampado nos seus rostos.
Sabendo o ódio que carregavam nos seus ombros.
Todos eles sabiam que o Povo condenava, os seus modos e gostos.

Mas, depois de tanta e indecente dor.
Os Soldados, ao seu destino, chegaram.
Honrando a sua Pátria, com o amor.
E as Nações, ajoelhando-se, choraram.

O Povo, pelos seus companheiros, lamentaram.
Choraram, soluçando numa alegria tristemente louca.
A Floresta da Felicidade, estes conquistaram.
Aí souberam, que os controlavam com tão coisa pouca.

Os soldados, de tanto combater, já nada sentiam.
O Povo estava impressionado com tanta destruição.
Alguns, não conseguiam aceitar o que viam.
Outros, avançavam curiosos, com emoção.

Ao verificar o número infinitamente redundante.
Que sacrificava o Soldado combatente.
Ao conquistar uma vitória num som retumbante.
O Povo respirava numa dor contundente.

A nação vencedora, esperava ver tudo o que imaginara.
Mas um novo sentimento invadiu as suas almas caridosas.
Não era o que esperavam ver, esta era uma visão rara.
Para descrever, não encontraram quaisquer palavras cuidadosas.

Alguns, não aceitaram o que estavam a ver.
E tombaram com uma morte abrupta.
Pois perante tal visão, não sabiam como viver.
Estavam habituados a uma vida corrupta.

A claridade invadiu as suas torturadas mentes.
Fazendo os seus corações saltar, desprendidos do ritmo.
Cegando a razão, alterando os seus actos patentes.
Pois estavam perante um novo e complexo algoritmo.

Como foi possível, o Povo, viver assim, diariamente?
Vendo a sua mente e o seu corpo violentado.
Os Senhores do Mundo, fizeram-no sistematicamente.
Como foi possível, ser, desta forma humilhado?

Olharam abismados, numa paisagem vasta e ininterrupta.
O que estão eles a ver?
Tantos anos perdidos, depois de tanta vida corrupta.
Como podiam eles saber?

Depois de morta a fera.
Depois de tanta mortandade.
Eles viram bem o que era.
Eles viram... A VERDADE.




Eu sou totalmente contra a guerra, porque quem morre, são sempre os soldados rasos e as populações (damos colaterais, dizem eles...), a estupidez dos Políticos e dos seus serventes Generais, não têm limite. Veja-se como foi (des)orientada a 2ª Grande Guerra pelos Aliados, as numerosas vítimas provocadas por Generais perfeitamente IDIOTAS contra a fantástica dedicação e organização dos Alemães.
Nós (povo europeu) ainda temos o espírito guerreio necessário para fazer mudar, a pouco e pouco, a EUROPA. Mas depois.... Será que, se algum dia vencermos, vamos estar preparados para a VERDADE? Para viver um novo mundo?

Andamos nós “às turras” uns com os outros, enquanto os tais “Senhores do Mundo” vão sofrendo de dores abdominais, de tanta gargalhada dar. Agora, os camelos magrebinos islâmicos, querem “atacar” a Europa. Já não bastava ter de levar com os macacos africanos e os “robots” chineses. Nahh, não bastava isso!!!

A esses camelos magrebinos islâmicos, aos macacos africanos e aos “robots” chineses, só tenho uma coisa a dizer, os verdadeiros EUROPEUS, são mais inteligentes, mais fortes, mais destemidos, mais organizados, e têm um espírito guerreiro mais feroz, que todos esses bichinhos e ervas daninhas que andam a sugar o nosso sangue, matam a sede com as nossas lágrimas e lavam-se com o nosso suor. É melhor acordarem agora e decidam, de uma vez por todas, que o vosso inimigo não é o Povo Europeu!!! Se vocês, escumalha de meia tigela, virarem-se contra a Europa e resolverem combatê-la, nem vai haver lugar a arrependimento da vossa parte, porque não vocês existirão!!!

O nosso ( EUROPEU) espírito guerreiro está adormecido, mas ele está lá, para o que der e vier, portanto, é melhor começarem a questionar, se a vossa existência continua a ser aceitável e necessária. Se a Europa deixar de vos aceitar, os políticos traidores e os Senhores do Mundo, depressa verificam que vocês, camelos, macacos, e robots, já não servem para mão-de-obra escrava, por isso, vejam bem no que se vão meter. É melhor preocuparem-se em “crescer” Intelectual, Religiosa e Socialmente, porque é precisamente nestes três factores, que os tais Senhores do Mundo vos têm sistematicamente levado por maus caminhos, pelos caminhos deles. Mas vocês, não caminham nas mesmas estradas dos Senhores do Mundo, vocês apenas servem de pedra da calçada para eles vos espezinharem comodamente, para não gastar as suas luxuosas solas dos sapatos.

Europeus, ACORDEM! Não tenham medo, porque depois de se cultivarem da tal atitude guerreira, não irão sentir qualquer tipo de medo.
Africanos, ACORDEM e CRESÇAM, não se deixem enganar por meia dúzia de macacos mandados pelos Senhores do Mundo.
Árabes, ACORDEM, ACEITEM e CRESÇAM! Utilizem a vossa honra para derrotar os Senhores do mundo, que não são muitos, não se deixem enganar pelos números, pois os seus escravos do mundo inteiro, não lhes são leais.
Asiáticos( Indianos e Chineses), ACORDEM e REVELEM-SE. Vocês têm a Inteligência e a Sabedoria para ultrapassar a vossa destorcida realidade escrava.

A todos vós, desejo um acordar iluminado por uma Fé Nacionalista.

sábado, janeiro 14, 2006

Eu, Senhor de todas as coisas...

Tens tempo para gritar pelos teus direitos?
Como podes tu , os Senhores do Mundo, julgar?
Sabes quais são os nossos preconceitos?
Ainda tens tempo para elevar o teu pensar?

Se tens tempo para idealizar.

É porque, pouco trabalho de tenho dado.

Se tens tempo para protestar.

É porque, não estás suficientemente enfadado.


Por isso, ouve o que eu te digo.

Não esperes sentimento ameno.

Para que eu não diga, “o dito por não dito”.

Ouve bem isto, que te ordeno.


Toca a partir, toca a trabalhar.

Não vás tu pensar, desordeiro, que nos escapas.

Tens muitos Senhores para sustentar.

E a ganância coberta pelas suas douradas capas.


Não duvides de mim, pois sou o teu Senhor.

Duvida de ti, questiona a tua vontade.

Trabalha, para não transpirares o áspero terror.

E para a tua fome, não deixar saudade.


Será que és boa rês?

Não te queixes que não estás fino.

Então porque não vês?

Que ser escravo é o teu destino?


Um estômago cheio, já é para ti, um bom feito.

Isso basta para a tua felicidade.

Pois eu não quero que saibas de qualquer jeito.

O que é a Democraticidade.


Ainda tens tempo para me questionar?

Só se tiveres a tal doença que perdura.

Porque não estás para lá, a trabalhar?

Visto isto, a tua doença só pode ser a loucura.


Pois mais uma vez, ouve o que eu te digo.

Não esperes sentimento ameno.

Mas, para que eu não diga, “o dito por não dito”.

Ouve bem isto, que te ordeno.


Toca a moer, toca a esforçar.

Não peças muito, não te quero dar a Liberdade.

Estou aqui, para te escravizar.

Pois tens de contribuir para a minha rica “herdade”.


Não protestes, não irás nunca entender.

Não vale de nada cantares o meu Hino.

Ainda não consegues compreender?

Que ser escravo é o teu destino?


Não podes, uma boa mesada, juntar.

Pois os teus filhos não têm direito à tua herança.

Pois também eles vou escravizar.

Não percas muito tempo, suspirando esperança.


Sabes o que vais deixar, qual vai ser a tua herança?

És um ser louco, ainda não conseguiste entender?

Julgas tu, que para os teus, vai ser a segurança?

Pois não penses muito, não vás em vão, prometer.


O trabalho é teu.

A ordem é minha, não é para contestar.

O teu corpo é meu.

És o meu escravo e assim vais acabar.


Não penses em revolução, para a tua mente suavizar.

Pois nada mudou com a tal “revolução do cravo.”

O meu destino é viver o belo e para o povo escravizar.

E o teu destino é, dolorosamente, ser escravo.

terça-feira, janeiro 03, 2006

O Sol, a Terra, a Lua e a Escuridão.

Enquanto a Lua sorria.
O Sol, para a Terra, apontava.
Sabendo que dos seus raios vivia.
A Terra, serenamente, se deleitava.

A Escuridão espreitava...
Invejando aquele amor.
Pacientemente esperava.
De um momento a seu favor.

Enquanto a Lua sorria.
As estrelas iluminavam, protegendo da Escuridão.
Não do seu vazio, mas fazendo lembrar a profecia.
Ajudando e mantendo toda uma grande paixão.

A Escuridão, com a sua escura capa, pairava.
Invejava aquela paixão.
Várias ideias e muitas dúvidas lançava.
Para semear a confusão.

Enquanto a Lua sorria.
O Sol e a Terra adoravam a sua envolvente atracção.
A Escuridão, mesmo sabendo que não devia.
Lançou para a Terra a sua mensagem, lançou a confusão.

Porque não se unem definitivamente?
Para quê viver um amor separados?
Para quê sofrer eternamente?
Porque não morrem abraçados?

O Sol desviou o seu olhar e fixou-o na Escuridão.
A ingénua Terra olhou para o seu amado Sol e chorou.
A irmã Lua, da sua inveja sabia, sem confusão.
E num dado momento, a Terra, daquele amor distante duvidou.

Os dois corpos celestes não se podiam tocar.
A Terra e o Sol sabiam do poder da profecia.
Sabiam da destruição que poderia provocar.
Sabiam que, da união, ninguém sobreviveria.

A mãe Terra e o eterno amante Sol, do seu amor nunca duvidaram.
Por isso, viviam-no na mais forte e bela canção, mas sem se tocar.
A irmã Lua apadrinhava aquele amor, pois eles sempre se amaram.
No fundo, todos questionavam o porquê da união nunca se concretizar.

Houve um dia em que todos vacilaram.
Todos juntos questionaram a profecia.
Duas questões pertinentes levantaram.
Viver ou morrer? Será esta, uma paixão vazia?

O sábio Sol iluminou ainda mais o seu redor.
Em seguida, a Terra e a Lua, à sua volta olharam.
Olharam-se, olhos nos olhos, e aliviaram a sua dor.
Viram em si, algo que poucos tinham e muitos invejaram.

Viram os outros planetas mortos, uma diversidade sem coração.
Enquanto que a Terra e o Sol, prosperavam de energia.
Os outros corpos ricos mas amorfos, nunca sentiram tal emoção.
De rompante, de uma leve dúvida, uma imponente certeza surgia.

Chegaram à conclusão que não queriam morrer por amor.
Preferiam viver o momento, ao invés de não o viver eternamente.
Eles queriam viver e saborear o seu grande amor.
Era melhor viver sabendo que se é amado, do que morrer subitamente.

Depois verificaram que a paixão vivida, afinal não era vazia.
Mesmo distantes, o Pai Sol e a Mãe Terra, podiam amar.
Mesmo distantes, a Terra era o planeta mais belo, cheio de vida.
Tudo nela nascia, vivia e morria, num ciclo feito para durar.

A irmã Lua, a Terra nos braços do seu Sol, ajudava a rodar.
Envolvendo ainda mais um grande amor.
Pois numa dança interminável, viviam todos para amar.
Fazendo esquecer a distância e o seu alegado horror.

Todos eles sabiam da sua natureza, da profecia.
Todos eles sabiam que, para amar, tinham de viver.
Mas mesmo assim, alguém quis juntar o que não devia.
Questionaram a força de viver um amor, para morrer.

A história baseia-se numa profecia bem real.
Por instinto, aterraram a dúvida em pleno óbvio.
A sua moral traduz-se num tema bem actual.
Por interesses vários trocaram o Amor pelo Ódio.

Existe sempre um sentimento que nunca nos deixa.
O tal "inimigo", de querer sempre mais um pouco.
Mas quando o corpo quer mais e a mente se desleixa.
Pode transformar um mundo belo, num mundo louco.


Para um Povo amar o Outro, não é necessário, misturar-se. Não é necessário confrontar as diferentes culturas e obrigar a viver algo que lhes não pertence. Assim, um Português deixa de ser Português, o Africano deixa de ser Africano, bem como o Chinês deixa de ser Chinês. Podemos trocar ideias e negócios, apresentar as diferentes culturas e colocá-las em exposição para que possa haver uma compreensão entre povos.

A confrontação/vivência de culturas diferentes, deixa sempre um rasto de destruição inevitável, originando ódios que poderiam ser evitados. Recuso-me a obrigar um africano, um chinês ou alguém pertencente a outra etnia a viver na nossa cultura Portuguesa. Eles podem aprender com ela, mas nunca irão sentir a nossa história, os nossos heróis, os nossos antepassados, o nosso modo de vida.

A profecia dos humanos é igual aos dos corpos celestes, se eles tocam-se, deixam de existir.

Mesmo não se “tocando”, os Povos podem gerar vida, desenvolver os seus mundos e vivê-los em paz e harmonia.

Saudações e um bom ano para todos.